quinta-feira, novembro 25, 2021

Delegado de Polícia Civil cria a Delegacia Amiga da Criança, em Marmeleiro

O delegado Wilkinson Fabiano de Oliveira Arruda, 41 anos, é o titular da Polícia Civil de Marmeleiro desde o mês de agosto de 2018. Natural de João Pessoa, capital do Estado da Paraíba, o delegado Fabiano, como é conhecido na região, veio para o Paraná no ano de 2013, depois de ter sido aprovado no concurso para delegado da Polícia Civil.

“Foram mais de 17 mil inscritos para apenas 29 vagas iniciais. Passei pela Comarca de Palmital, depois fui para Laranjeiras do Sul e desde 2018 estou aqui em Marmeleiro”, conta Fabiano. Bacharel em Direito e Teologia e Mestre pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), ele também é professor de Direito e palestrante.

População colabora

Fabiano destaca que, apesar de haver bastante trabalho no município, há muito empenho, tanto das forças policiais como da população, para que os problemas de ordem policial sejam resolvidos o mais rapidamente e da melhor forma possível. “A colaboração e o empenho das pessoas com o trabalho da polícia são incríveis. Estamos aqui para ajudar na promoção do bem de todos os que aqui vivem.” Porém, ele afirma que ainda é necessário que a polícia conte com mais investimentos no município para que possa desenvolver seu trabalho com ainda mais efetividade. “Precisaríamos de mais policiais e mais viaturas, bem como a ampliação do sistema de monitoramento, inclusive para a área rural do município.”

Delegacia Amiga da Criança

Hoje, a Delegacia de Polícia Civil de Marmeleiro é a primeira Delegacia Amiga da Criança do Estado do Paraná, uma ideia do próprio delegado Fabiano. De acordo com ele, a ideia surgiu depois de ele ter vivido uma experiência traumática, ainda na sua infância, depois que sua família precisou ir até uma delegacia de Polícia Civil.

“Minha família foi vítima de uma violência e precisei ir até a delegacia em João Pessoa. Foi uma experiência nada agradável e traumática pra mim. Assim que entrei para a polícia, prometi a mim mesmo que, no que dependesse de mim, não iria deixar nenhuma criança passar por aquilo que eu passei.”

Evitar violência psicológica

Para evitar que as crianças passem pela experiência traumática pela qual passou, ele trouxe a ideia da Delegacia Amiga da Criança que, entre outras coisas, conta com uma brinquedoteca.

“Tentamos evitar que as crianças presenciem qualquer narrativa de violência dos adultos. Muitas vezes eles precisam falar o que aconteceu e não é adequado que a criança escute essas narrativas. Desenvolvemos esse projeto para evitar essa violência psicológica institucional contra as crianças.” Com Rodrigo Accorsi/JB