sábado, outubro 16, 2021

Valorização de veículos vai deixar o IPVA mais caro em 2022

A disparada de preços dos carros brasileiros até pode ser encarada com otimismo por alguns proprietários que viram seus veículos se valorizarem desde o início do ano, mas as oscilações mexem de forma significativa no mercado, contribuem para a inflação e ainda podem trazer uma surpresa a mais aos motoristas no início do ano que vem. É que com os modelos custando mais caro, o valor a ser pago de IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) também será maior.

Entre agosto de 2020 e o memso mês deste ano os carros usados ficaram 12,5% mais caros, de acordo com dados do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), consequência dos custos maiores e da falta de insumos para a produção de veículos 0km. Na prática, essa inflação é sentida ainda mais por alguns proprietários. O GM Ônix 1.0 ano 2020, que valia R$ 47,3 mil em janeiro, está cotado em R$ 56,9 em outubro na Tabela Fipe, assim como a Fiat Strada 1.4 ano 2012, que pulou de R$ 23,4 para R$ 30,7 mil no mesmo período. O primeiro valorizou 20% e o segundo 30% - sem contar que boa parte dos modelos estão sendo negociados acima da Fipe.

No Paraná, carros particulares de passeio pagam 3,5% de IPVA sobre o valor venal e os ônibus, veículos de carga, de aluguel e que usam gás GNV desembolsam 1% anualmente. Estas alíquotas devem permanecer as mesmas, mas a avaliação do valor deve mudar.

Ao JdeB, a Assesoria de Comunicação da Secretaria de Estado da Fazenda informou que o valor venal é calculado pelo Instituto FIPE e o cálculo atualziado deve ser divulgado em dezembro, quando o governador do estado assina o decreto com a definição da base de cálculo do imposto. Até 2020, o imposto podia ser parcelado em até três vezes e no passado foi possível pagar em até cinco parcelas. A Sefa diz que está estudando se adotará o memso prazo de parcelamento. 

Os recursos do IPVA são pagos ao Estado e metade do valor retorna ao município onde o veículo está licenciado, podendo ser utilziado como recurso livre. Beltrão, por exemplo, se aproxima dos 70 mil veículos emplacados. Por Leandro Czerniaski