Este é o segundo adiamento consecutivo (o primeiro foi anunciado em abril deste ano), um indicativo de que o governo federal está temerário do reflexo que isso poderá ter nas urnas por ocasião das eleições do ano que vem.
Originalmente, o Ministério da Infraestrutura previa leilão pela menor tarifa, com desconto de até 17% e cobrança de outorga. Diante da insatisfação generalizada que isso causou, o governo estadual e entidades paranaenses conseguiram convencer a União a aceitar o leilão pela menor tarifa e sem limite de desconto.
O novo modelo prevê que as empresas terão que fazer um aporte financeiro de valor proporcional ao desconto concedido, em três diferentes níveis: R$ 15 milhões por ponto porcentual até 10%, R$ 60 milhões até 17% e R$ 150 milhões após 17%.
O projeto prevê ainda a concessão por 30 anos de 3.372,8 quilômetros de rodovias, divididos em seis lotes, com parte das obras programadas para serem entregues durante os primeiros sete anos de concessão, como os 1.767,7 quilômetros de duplicações. São 834 quilômetros a mais do que as atuais e investimento total de R$ 43 bilhões. Estão previstas 42 praças de pedágio, 15 a mais que no modelo atual, e um reajuste de 40% nas tarifas após a conclusão das duplicações.