A operação Hígia foi deflagrada no dia 18 de outubro de 2017. Na época foram cumpridos 67 mandados judiciais, resultando em nove prisões temporárias, quatro de afastamento temporário de funções públicas e 54 de buscas e apreensões em residências dos investigados e empresas de Pato Branco.
A Operação Hígia
apurou supostos desvios de recursos em licitações de medicamentos e
materiais médico-hospitalares operados pela Secretaria Municipal de
Saúde de Pato Branco e com ramificações em outros municípios da região.
Na
época da investigação apurava-se suposto envolvimento de servidores
públicos e empresários dos municípios de Pato Branco, Clevelândia e
Saudade do Iguaçu, além de um vereador de Pato Branco. A investigação
resultou em um inquérito com centenas de páginas e caixas com documentos
apreendidos pela polícia.
O advogado Neri Cenzi, que
atuou na defesa da a ex-secretária de Saúde de Pato Branco Antonieta
Terezinha Chioquetta, destacou que a sessão da Câmara Criminal do
Tribunal de Justiça foi tranquila, pela robusta apresentação de provas
da inocência dos réus no recurso apresentado. “Particularmente no caso
de Antonieta, por ocupar a função de secretária na época, e pela
história de sua família em Pato Branco, o reconhecimento da inocência
devolve não no todo, mas pratica-se a Justiça ao caso, que foi em
primeiro grau uma condenação absolutamente descabida”, afirmou o
advogado.
Também o advogado Devon Defaci, que atuou na defesa de alguns dos réus, destacou a importância da decisão do TJPR.
“Nós
atuamos com a convicção de que a condenação em primeiro grau não seguiu
o que as provas indicavam no processo, ou seja, a inocência dos
investigados pela Operação Higia.” O acórdão do TJPR deverá ser
publicado nos próximos dias.