O secretário da Segurança Pública do Paraná, Romulo Marinho Soares, destaca a importância de convênios do Departamento Penitenciário com outras instituições, que proporcionem a oportunidade de cursos de qualificação profissional aos presos e também aponta um cenário de mudança com a chegada de novas penitenciárias, que já vêm com a estrutura montada para os cursos profissionalizantes.
“A secretaria vê com bons olhos, e o governo, por meio da Pasta, tem incentivado cada vez mais a busca por este tipo de iniciativa. Essa parceria está nos ajudando a vencer o desafio que é levar a boa educação para dentro do nosso sistema prisional. Com isso, a gente vai trazer eles (presos) de volta para a sociedade melhor preparados e com condições de arrumar emprego”, explica.
De acordo com o diretor-geral do Depen, Francisco Caricati, a educação é apenas um dos pilares para a ressocialização das pessoas privadas de liberdade, e a ideia é expandir parcerias para promover o acesso à mais presos. “Nós trabalhamos com quatro pilares aqui, desde o início desta gestão, um deles é a educação, o outro é o trabalho, o terceiro é a espiritualidade e o quarto é o trabalho psicológico. Então para isso nós teríamos que estar dotados de condições para poder executar esse trabalho. As parcerias com empresas privadas são essenciais para o sistema prisional construir este cenário. Elas se instalam nas unidades e dão a mão de obra e trabalho, o que gera uma nova perspectiva para o preso, com a capacitação ou um novo ofício”, completa.
Os cursos disponibilizados pela plataforma EAD são ofertados nos estabelecimentos prisionais que possuem telecentros (laboratórios de informática com link específico para acesso à internet). Já a modalidade presencial, oferecida pelo convênio, é realizado em sala de aula ou em outro espaço disponibilizado pelas direções das unidades. Nesta modalidade, também há cursos de empreendedorismo e confecção de chinelos, adaptados para a galeria de presos cadeirantes e com dificuldades de locomoção, custodiados no CMP.
O diretor da Fanduca, Adriano Valotto, valoriza o diálogo junto ao governo, que oportunizou a inserção deste projeto inovador e histórico para o Brasil no sistema prisional do Paraná, com uma instituição de ensino promovendo um intenso trabalho pedagógico, profissional e de formação em um curto prazo, tendo em vista que a aula inaugural foi em fevereiro de 2021.