quarta-feira, agosto 18, 2021

Com apoio da Adapar, Polícia Civil investiga adulteração em fertilizantes

A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) e a Polícia Civil do Paraná (PCPR) acompanham a ocorrência de adulteração de fertilizantes na região Oeste. Laudo concluído neste mês pela Adapar confirmou a fraude em produtos apreendidos em abril pela delegacia da PCPR em Marechal Cândido Rondon. Na ocasião, a polícia localizou seis cargas que seriam adulteradas. Duas delas foram apreendidas e um motorista foi detido no momento da entrega, mas ninguém foi preso.

De acordo com o delegado Rodrigo Baptista Santos, os fertilizantes eram provenientes do Porto de Paranaguá e foram entregues em empresas de Marechal Cândido Rondon e Mercedes. “Até o momento, foram identificadas seis cargas com valor aproximado de R$ 91 mil, gerando um prejuízo de mais de R$ 500 mil”, explica Santos. A polícia está buscando os autores das adulterações.

O trabalho conjunto entre Adapar e PCPR permitiu comprovar a fraude e aprofundar as investigações. A coordenadora do Programa de Fiscalização de Fertilizantes da Adapar, Caroline Garbuio, explica que diversos itens nos fertilizantes suspeitos indicaram, inicialmente, que se tratava do produto original, como a origem fiscal, registro do estabelecimento produtor, especificações, características das embalagens, entre outros.

No entanto, avaliações mais detalhadas revelaram diferenças. “Desta forma, fizemos coletas oficiais, considerando 222 toneladas desses fertilizantes suspeitos, e encaminhamos para análise em laboratório oficial do Estado, que comprovou a adulteração”, diz.

De acordo com o laudo, o rótulo do fertilizante declarava que a fórmula apresentava 7% de nitrogênio, 34% de fósforo e 12% de potássio. Porém, apresentou 0,7% de nitrogênio, 5,2% de fósforo e 3,8% de potássio. “Muitas vezes, a adulteração é tão perfeita que somente a análise laboratorial permite detectar esse tipo de irregularidade. Daí a importância do trabalho da Adapar”, explica a coordenadora.