O Informe registra a confirmação de 17 epizootias no período, que é a ocorrência de mortes de macacos infectados. A epizootia acontece quando o animal é picado pelo mosquito contaminado, transmissor da doença.
“Ressaltamos que o macaco não é transmissor da febre amarela. Eles são os indicadores de que o vírus está circulando regionalmente e de que precisamos estar em alerta. Por isso, a Sesa monitora sistematicamente o agravo no Estado”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
Onze epizootias foram confirmadas na 7ª Regional de Pato Branco, nos municípios de Clevelândia (2), Coronel Domingos Soares (3), Honório Serpa (1), Mangueirinha (1) e Palmas (4); cinco foram registradas junto à 6ª Regional de União da Vitória, no município de Cruz Machado; e uma foi confirmada na 2ª Região Metropolitana/Curitiba, no município de Piraquara.
“Devemos ressaltar que, possivelmente, estes números podem ter sido afetados pela pandemia da Covid-19. Podem ter ocorrido mortes de macacos que tenham passado despercebidas pela população, que é quem aciona a Vigilância Ambiental dos municípios. É a partir daí que equipes técnicas atendem a ocorrência para coleta do material, investigação e posteriormente a confirmação ou não do óbito do macaco por febre amarela ou por outras causas”, explicou a chefe da Divisão de Doenças Transmitidas por Vetores da Sesa, Emanuelle Gemin Pouzato.
VACINA
Segundo ela, um fator importante a ser mencionado refere-se à vacinação contra a febre amarela. O percentual de cobertura vacinal acumulado nas crianças menores de 1 ano no Paraná, de janeiro a maio de 2021, está em torno de 71,38%. A avaliação total desta vacinação será encerrada em dezembro deste ano. O Ministério da Saúde tem como meta 95% de cobertura vacinal nesta faixa etária.
“A febre amarela é um agravo que possui como arma mais potente a
vacinação. A vacina é extremamente eficaz, com taxa de eficiência
superior a 95%”, acrescentou Emanuelle. A vacina da febre amarela está
disponível na rede pública e a população deve procurar orientações para
receber a dose nas unidades básicas de saúde.