A antropologia forense realiza perícias em ossadas, especialmente humanas, completas ou não, visando características anatômicas que permitam estimar a real causa da morte e o tempo decorrido, o sexo, a idade, estatura e demais elementos que caracterizem uma determinada pessoa. E, com essas metodologias, chegar na identificação civil.
“Considero papel de alta importância o papel da antropologia forense, aquela que proporciona às famílias, à sociedade, de maneira humanitária, a identificação dos restos mortais, o que possibilita o recebimento (aos amigos e familiares) do cadáver, encerrando uma etapa de tristes sentimentos, carregada de dúvidas e incertezas. Isto traz conforto moral e espiritual de tamanho incomensurável”, explica o médico legista Porcidio Vilani, chefe da Antropologia Forense do IML do Paraná.
E foi justamente por meio da pesquisa científica que a antropologia forense do IML buscou um programa de computador que faz a reconstrução digital e mostra qual era o rosto de uma pessoa desaparecida sem o auxílio de nenhuma foto, somente a partir do crânio encontrado. A identificação da face é feita através de pontos mensurados nos ossos, por meio de sobreposição de imagens.
IDENTIFICAÇÃO – Atualmente há quatro formas de identificar uma ossada: impressões digitais, identificação pelas arcadas dentárias, prontuário médico-hospitalar e exame de DNA. Nem sempre é possível aplicar esses métodos. Eles trabalham com bases comparativas e, dependendo do estado em que se encontra o material analisado, o trabalho de identificação não é possível.
O Setor de Antropologia Forense utiliza hoje com um quinto método de identificação: a arte forense. O trabalho é desenvolvido pelo artista forense Diego Pires, em conjunto com uma equipe multidisciplinar que conta com médicos legistas, toxicologista, odontologistas forenses, preparador de ossos e peritos dos Institutos de Identificação e Criminalística.