segunda-feira, junho 28, 2021

Covid: Paraná tem caos na 3ª onda com pouca vacina, UTIs lotadas e pacientes do Paraguai

A exemplo do que ocorre no restante do Brasil, o Paraná vem sofrendo com a terceira onda de covid-19, mas com maior intensidade: uma combinação de fatores mergulhou o Estado do sul em um caos, com UTIs lotadas, vacinação a conta-gotas e pacientes vindos do vizinho Paraguai.

Para piorar, tem a pior taxa de transmissão do país: 1,35, segundo dados compilados até 24 de junho, de acordo com monitoramento da plataforma Loft Science. 

Médicos como Mauro Tamessawa, infectologista e professor de Medicina da Universidade Positivo, que gerencia junto com outro colega três andares destinados a pacientes com covid-19 no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR), conta que a faixa etária que mais interna hoje é entre 30 e 50 anos.

Ele lembra ter presenciado episódios como o de uma adolescente de 15 anos perdendo os dois pais para a doença. Ou a morte de uma jovem de 20 anos e de pacientes saudáveis, na faixa dos 40 anos, sem nenhuma comorbidade. Os períodos de queda no número de casos não costumam gerar grandes reflexos no hospital. 

Pacientes vindos do Paraguai

Na tríplice fronteira, Foz do Iguaçu também passa por uma situação dramática e está há um mês com as UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) na capacidade máxima de atendimento.

Enfermeira com atuação no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Foz por 13 anos, Aline Lopatiuk confirma o padrão de pacientes mais graves e jovens.

Por vezes, a equipe precisa fazer intubações na casa dos próprios pacientes, ou na ambulância.