O homem que matou a facadas a jovem Camila Ferreira (22 anos) em 2019, no distrito da Palmeirinha, em Guarapuava, foi condenado a 21 anos e 6 meses de prisão em regime fechado após ser julgado pelo Tribunal do Júri nesta quinta-feira (18). O juiz Adriano Scussiatto Eyng presidiu o júri.
De acordo com o magistrado, o réu foi condenado pelos crimes de homicídio (com as qualificadoras de dificultar a defesa da vítima e feminicídio) e furto. A pena foi fixada em 19 anos e 9 meses pelo primeiro crime, e 1 ano, 9 meses e 12 dias-multa pelo segundo.
“O acusado praticou, mediante mais de uma conduta, crimes de espécies diferentes, devendo incidir a regra do art. 69 do Código Penal (concurso material), com a soma das penas aplicadas a cada delito. Dessa forma, unifico a pena do acusado em 21 (vinte e um) anos e 06 (seis) meses de reclusão e 12 (doze) dias-multa”, consta na sentença assinada pelo juiz.
O réu está preso há 1 ano e 5 meses.
MANIFESTAÇÃO
Durante o júri, do lado de fora do Fórum de Guarapuava, manifestantes se mobilizaram para pedir justiça pela morte da jovem.
A manifestação reuniu familiares da vítima, membros do movimento estudantil UJC e do Coletivo Feminista Cláudia da Silva. Durante o ato, os integrantes ecoaram gritos de ordem e levantaram cartazes simbolizando e pedindo o fim da violência e feminicídio contra as mulheres.
Camila Ferreira foi vítima de feminicídio no dia 18 setembro de 2019, no distrito da Palmeirinha, em Guarapuava. A jovem estava grávida de três meses quando foi atingida por golpes de faca, às margens da PR 466. Depois da ação, o criminoso deixou o local.
Desde então, a família e pessoas que se solidarizaram com a causa vem pedindo por justiça e pela prisão do assassino.
FEMINICÍDIO