sábado, outubro 24, 2020

Outubro de 2020 é o mais seco em 22 anos no noroeste do Paraná, diz Somar

O mês de outubro de 2020 é o mais seco dos últimos 22 anos no noroeste do Paraná, segundo a Somar Meteorologia.

Conforme especialistas, a estiagem acaba impactando na saúde das pessoas, com doenças respiratórias, e na economia, com o maior custo na produção de alimentos.

De acordo com o técnico do Departamento de Economia Rural (Deral) Vitor Hugo, o tempo seco prejudica as pastagens e a produção do gado.

Por isso, a carne tem ficado mais cara para o pecuarista e, consequentemente, para o cliente final.

"A oferta de corte de carne está limitada, isso faz com que o preço da arroba do boi venha sendo valorizada nos últimos meses, chegando em um patamar consideravelmente bom. Por outro lado, a reposição do gado está cara e isso diminui a rentabilidade do produtor e os custos para manter o rebanho também aumentou bastante", explicou.

Seca em todo o estado

Conforme resultado do Monitor de Secas, projeto da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), quase 9% do território do Paraná apresentam situação de seca extrema

Os dados informados em setembro mostram que a seca atinge todas as regiões Paraná.

Além da situação de seca extrema em 8,6% do território, outros 61% do estado registraram seca grave, na área entre o litoral, passando pelos Campos Gerais, até o oeste.

A situação é de seca moderada em 30% do estado, entre o norte, noroeste e áreas do sul e oeste do Paraná.

Paraná, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais foram os únicos estados monitorados pelo mapa que registraram a seca extrema no mês.