domingo, abril 19, 2020

Máscaras são sinal de cuidado com o outro, diz coordenadora de Farmácia da Unisep

O uso de máscaras — recomendação do Ministério da Saúde e uma das exigências do decreto 189 do município de Francisco Beltrão — é mesmo eficiente para conter a pandemia de coronavírus? Quais são os cuidados de higiene mais importantes para enfrentarmos esse momento repleto de dúvidas?

Para ter uma opinião clara sobre essas questões, o JdeB ouviu a coordenadora do curso de Farmácia da Unisep, de Beltrão, Caroline Lermen Munhoz. Com o conhecimento e didática de quem está à frente de salas de aulas há vários anos e atende a comunidade em atividades práticas de saúde, a farmacêutica se prontificou a repassar a sua visão sobre o tema.

As medidas de higiene mais importantes

Conforme Caroline Lermen, a lavagem frequente das mãos é a iniciativa de higiene mais importante para reduzir os riscos de contaminação com o coronavírus. “O melhor é lavar com água e sabão mas, na ausência desta possibilidade, pode-se usar o álcool em gel”, orienta.

A farmacêutica frisa a importância de cobrir o nariz e a boca ao espirrar ou tossir e de usar lenços descartáveis. “Nós ainda estamos aprendendo a desenvolver esses hábitos, há alguns anos não se falava neles. Temos de criar essa cultura, pois desta maneira reduzimos a chance de um vírus se espalhar através das gotículas que lançamos no ambiente quando espirramos.”

Outra recomendação frequente das autoridades de saúde é a de evitar levar as mãos ao rosto, principalmente nos olhos, nariz e boca. “Essa questão é importante, mas de difícil controle, porque a gente faz isso sem perceber. A alternativa é se policiar e, quando precisar tocar em objetos de uso coletivo, como maçanetas, usar a mão esquerda, pois normalmente tocamos o rosto com a direita. De qualquer maneira, depois de tocar em maçanetas, teclados de caixas eletrônicos e máquinas de cartão, é importante lavar logo as mãos”, sugere Caroline.