O delegado Erik Busetti, de 45 anos, que foi preso em flagrante por matar a esposa e a enteada de 16 anos, está em um quadro de depressão profunda e internado no Complexo Médico Penal em observação. Ele assumiu a autoria do crime, que aconteceu na noite desta quarta-feira (4), na casa da família, localizada no bairro Atuba, em Curitiba.
O estado de saúde do delegado foi informado pelo advogado dele, Claudio Dalledone Júnior, em coletiva de imprensa, no final da tarde desta quinta-feira (5). “O estado de saúde dele demanda muito cuidado, pois sofre de um quadro de depressão profunda. No momento, ele está no Complexo Médico Penal sob vigilância e tratamento”, disse ele.
O silêncio de Busetti durante o interrogatório na Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) foi justificado pelas condições físicas e psicológicas em que ele se encontra. “Ele não deu sua versão ainda, mas não porque ele não quis, nem porque quer falar somente em juízo, ele não apresentava condições psicológicas, nem físicas. Ele está absolutamente abalado”, revelou Dalledone.
Lesões
O delegado foi levado também a um médico legista para exames, pois a equipe policial teria constatado lesões e rasgos na camisa usada por ele. “A autoridade policial e este advogado verificaram que ele estava com a camisa toda rasgada, com grandes rasgos. Então aquilo pode ter sido uma luta ou pode ter sido outra coisa”, afirmou o advogado.
Busetti e a esposa, a escrivã de polícia Maritza Guimarães de Souza, de 41 anos, estariam em processo de divórcio, ainda não ajuízado, e há pelo menos três versões sobre a motivação do assassinato. O caso segue em fase de apuração.
Ainda de acordo com Dalledone, seu cliente nunca foi punido disciplinarmente e não teria antecedentes criminais.”Pelo menos ao que me consta, não existe um histórico que possa macular a carreira dele dentro da Polícia Civil do Estado do Paraná”, finalizou o advogado.