Policiais civis e o delegado Silvan Rodney Pereira acusados de torturar suspeitos de envolvimento na morte da adolescente Tayná, na Região de Curitiba, foram absolvidos. A informação foi confirmada ao G1, nesta sexta-feira (13), pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR).
A decisão é da 1ª Câmara Criminal do TJ-PR, após um recurso apresentado pela defesa dos réus. O delegado e os policiais civis tinham sido condenados, em 2018, pelo crime de tortura.
Tayná Adriana da Silva tinha 14 anos e desapareceu em junho de 2013, em Colombo. O corpo foi encontrado três dias depois por moradores em um terreno em frente a um parque de diversões. Ela foi estuprada, segundo a polícia.
Na ocasião, quatro homens confessaram o crime e passaram a ser tratados como suspeitos pela morte da garota. Porém, mais tarde, eles disseram terem sido torturados para fazer a confissão.
Até hoje, a morte de Tayná não foi desvendada. Nesta sexta-feira, a Polícia Civil informou que o inquérito policial foi encaminhado em abril de 2019 para a Justiça e para o Ministério Público do Paraná (MP-PR), mas ainda não devolvido à corporação.
Absolvição
De acordo com a defesa dos policiais civis, o TJ-PR os absolveu por maioria de votos na tarde de quinta-feira (12). Esse era um recurso de defesa.
"Restou provado, pelo próprio entendimento do Tribunal de Justiça, que o delegado Silvan, bem como todos os policiais acusados são inocentes", disse o advogado Cláudio Dalledone, por meio de nota.
O processo corre sob segredo de Justiça, portanto, o TJ-PR não concedeu mais informações sobre a decisão da 1ª Câmara Criminal.
Silvan Rodney Pereira era responsável pela Delegacia do Alto Maracanã, em Colombo.
Ele foi o primeiro delegado a investigar a morte da Tayná. Silvan chegou a ser preso, sendo solto meses depois.