sexta-feira, novembro 22, 2019

Filha quer encontrar corpo da mãe e acabar com agonia

A filha da costureira Marli Frizanco, falou que acredita, espera e torce para que a ossada encontrada no cemitério de Pato Branco, na semana passada, seja de sua mãe desaparecida desde junho de 2016.

        “Pra mim poder fazer uma missa para minha mãe, pra mim poder enterrar ela, é o nosso sonho, todo mundo tem um funeral só minha mãe que não teve, eu acredito que seja.” Uma família ao abrir uma sepultura no cemitério do Bortot, em Pato Branco, se deparou com restos mortais de um cadáver que não seria da família. A partir disso, a Polícia Civil de Pato Branco recebeu uma denúncia anônima de que a ossada seria de Marli Frizanco. O esposo dela, José Frizanco, já foi condenado pelo Tribunal do Júri em Francisco Beltrão a uma pena de 30 anos e 8 meses de prisão pela morte e ocultação do cadáver.

De acordo com ela, algumas informações reveladas até o momento ajudam a aumentar a esperança da família. “Falaram que tinha dentadura, minha mãe também usava dentadura, era uma mulher de aproximadamente 50 anos, minha mãe tinha 47, eu acredito que seja, mas agora só um DNA para tirar essa dúvida.”

O delegado-chefe da 5ª SDP, Helder Lauria, disse que o caso será remetido para Francisco Beltrão através de precatória. Os restos mortais estão sob guarda da administração do cemitério municipal de Pato Branco até decisão para exame de DNA.

Edilaine e sua família residem atualmente em Santa Catarina. Ela veio para Francisco Beltrão e Pato Branco na quinta-feira da semana passada quando ficou sabendo da informação através do Facebook, após conhecidos entrarem em contato. “Eu fui para Francisco Beltrão, cheguei quinta-feira só que as delegacias estavam fechadas, fui pra Pato Branco, também, aí pediram para entrar em contato segunda-feira, só que segunda eu trabalhava então precisei voltar, aí, na segunda minha irmã foi na delegacia.”

Outro detalhe que chamou a atenção é o dente de ouro. “Então, que eu me lembre ela tinha, só que ela trocava a dentadura, então eu não posso garantir, se é ou não é, eu lembro que ela tinha um dente de ouro, aí eu conversei com a minha tia e ela falou que não tinha, não posso confirmar.” Edilaine se diz bastante aflita e nervosa com a situação. “Eu quero que seja para a gente poder dar um fim nisso, até porque ela não teve nem um enterro, eu vim pra Santa Catarina para poder esquecer, para as pessoas pararem de perguntar tanto, porque em Beltrão era terrível morar.” Ela contou ainda que nenhuma das filhas jamais visitou o pai na prisão (fechado desde novembro de 2016).

O delegado Ricardo Moraes, da 19ª SDP de Francisco Beltrão, disse que pediu na segunda-feira ao IML o exame de DNA. Não há um prazo para que o resultado seja divulgado, pois depende de análise em Curitiba.