A CPI Comissão Parlamentar de Inquérito) da JMK da Alep (Assembleia Legislativa do Paraná) terá um depoimento importantes nesta terça-feira (28).
Foram convocados a depor os donos da empresa que batiza a CPI, a JML. Devem depor: Aldo Marchini Junior e Jairo Cezar Vernalha Guimarães para as oitivas desta terça-feira (29), a partir das 9h.
Segundo as investigações da CPI e da Divisão de Combate à Corrupção da Polícia Civil, os dois são os verdadeiros donos da empresa que venceu a licitação para gerenciamento da frota do Governo do Paraná e prestou serviços entre janeiro de 2015 e maio de 2019.
Apesar de a Polícia Civil e vários depoentes da CPI confirmarem que eles efetivamente atuavam como proprietários da empresa, só passaram a constar formalmente da sociedade após serem presos na Operação Peça Chave, em maio deste ano.
O Estado rescindiu o contrato após a operação, que desarticulou um possível esquema fraudulento que teria causado prejuízo aos cofres públicos estimado em R$ 125 milhões. Aldo, Jairo e mais 12 pessoas ligadas à JMK foram indiciadas por suspeitas de crimes como lavagem de dinheiro, fraude em licitação, falsidade ideológica, falsificação de documentos e organização criminosa.
"Depois de ouvirmos servidores públicos, representantes da JMK e donos de oficinas envolvidos com o contrato, que confirmaram diversas irregularidades, temos vários questionamentos a fazer aos reais proprietários da empresa", afirma o presidente da CPI da JMK, deputado estadual Soldado Fruet (PROS).
De acordo com o parlamentar, o processo já tem mais de 20 mil páginas e a CPI está na reta final de oitivas para posterior elaboração do relatório final.