A defesa de Beto Richa (PSDB), ex-governador do Paraná, pediu que a denúncia que investiga desvios em obras de escolas estaduais, no âmbito da Operação Quadro Negro, seja rejeitada pela Justiça.
O documento de resposta à acusação, do dia 19 de julho, refere-se à terceira ação penal a qual o político responde na Justiça Estadual. Neste processo, Richa é réu pelos crimes de corrupção passiva e por obter vantagem indevida em contrato de licitação.
De acordo com a denúncia, duas escolas públicas de Guarapuava, na região central do Paraná, teriam sido alvo de um esquema criminoso que deixou um prejuízo de mais de um milhão e meio de reais aos cofres públicos. Na defesa prévia, os advogados ainda contestam os depoimentos dos delatores, argumentando que foram parciais e inverídicos.
De acordo com os defensores, os colaboradores apenas têm o interesse, em primeiro lugar, na atenuação da própria responsabilidade. Ainda conforme o documento, em relação aos supostos valores recebidos pelo ex-governador do Paraná, a defesa demonstra que não há qualquer comprovação de quaisquer repasses a Richa, tampouco que tenha usufruído do montante desviado.
A defesa do ex-governador também questiona o posicionamento do juiz Fernando Bardelli Fischer, que era responsável pelo processo até o mês passado, e foi substituído numa reorganização administrativa do Tribunal de Justiça. Com a substituição do magistrado, os advogados de Beto Richa agora esperam que o atual juiz do caso exerça o devido controle sobre a perseguição política promovida pelo Ministério Público.