Por meio de nota oficial publicada na terça-feira em seu site, a Conmebol revelou os critérios de elegibilidade que definiu para que os clubes filiados à entidade possam disputar as edições de 2020 da Copa Libertadores e da Copa Sul-Americana. E entre os cinco itens que listou como obrigatórios a serem cumpridos pelos times trouxe como principal novidade o fato de que apenas equipes que estiverem figurando na primeira divisão de seus respectivos torneios nacionais, no próximo ano, poderão estar presentes nas duas principais competições do continente.
No penúltimo item desta pequena lista de exigências, a direção de competições de clubes do órgão sul-americano revelou que, para estarem aptos a participar destas Copas, os clubes precisarão “estar disputando o torneio nacional de sua associação membro na divisão principal da competição em 2020 (ou seja, não ter descendido de divisão no torneio nacional)”.
Por este polêmico critério adotado agora pela Conmebol, clubes que hoje estão nas Séries B e C do Campeonato Brasileiro, por exemplo, não poderão jogar a Libertadores de 2020 mesmo que conquistem o título da Copa do Brasil. Nas oitavas de final da atual edição deste último torneio estão presentes três times que hoje fazem partem da terceira divisão nacional: o Paysandu, o Juventude e o Sampaio Corrêa.
Essa nova condição de elegibilidade imposta pela Conmebol promete causar muita polêmica entre os clubes da América do Sul e também entre as entidades nacionais. A CBF, por exemplo, deverá questionar essa decisão da entidade sul-americana, pois entende que a Copa do Brasil é um torneio de “divisão principal”, embora seja uma competição disputada paralelamente à Série A do Campeonato Brasileiro.