A deputada estadual Cristina Silvestri utilizou a tribuna do plenário da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) na última terça feira (4) para questionar e expor aos deputados o Chamamento Público nº 2/2019, de março deste ano, publicado pelo Ministério da Infraestrutura. O projeto, que objetiva a concessão dos aeroportos nacionais para investidores privados, criou o ‘Bloco Sul’, com aeroportos do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Para a parlamentar, o Paraná será penalizado ao ter seus aeroportos unificados em um bloco com os estados vizinhos.
“Ao elaborar a modelagem da forma como está prevista, o resultado será que a concessionária que for vitoriosa para a exploração e ampliação dos aeroportos do Paraná será a mesma que deverá explorar os aeroportos deficitários de Santa Catarina e Rio Grande do Sul”.
Hoje, o Bloco Sul inclui quatro aeroportos do Paraná (Bacacheri, Afonso Pena, Cataratas e Londrina); dois de Santa Catarina (Navegantes e Joinville); e três do Rio Grande do Sul (Pelotas, Uruguaiana e Bagé).
“Trata-se aqui do estabelecimento do princípio: quem leva o filet, tem que levar o osso junto. Os filets, nesse caso, são os aeroportos plenamente estabelecidos: Afonso Pena, Foz e Londrina. Os demais, em SC e RS são aeroportos deficitários, que passariam a ser subsidiados pelos aeroportos paranaenses”.
Na visão de Cristina Silvestri, o Paraná tem que se posicionar contrário ao modelo de chamamento da forma que está proposto hoje, por ser um ato extremamente prejudicial ao Estado.
“Porque juntamente com os aeroportos superavitários de Curitiba, Foz e Londrina, não se incluiu pequenos aeroportos regionais no território paranaense? A sugestão é que se inclua então no Bloco os aeroportos de Maringá, Ponta Grossa, Cascavel, Guarapuava e Pato Branco, permitindo uma integração logística diferenciada entre nossos municípios, uma conexão moderna e eficiente, fortalecendo as pequenas cidades e a nossa economia”, finaliza Cristina.