terça-feira, março 26, 2019

Alta do diesel e descumprimento da tabela de frete agravam situação de caminhoneiros

O preço do frete está de 25% a 30% menor que há um ano. O litro de óleo diesel subiu 34 centavos nas refinarias desde janeiro e a tabela de preço mínimo do frete vem sendo descumprida pela maioria dos contratantes. A situação dos transportadores não está muito diferente da de maio de 2018, segundo o Sindicato dos Transportadores Autônomos do Sudoeste (Sinditac): “Por menos que isso o setor todo parou e se mobilizou, como no ano passado”, afirma o diretor do sindicato, Gilberto Gomes.

Apesar da crescente precarização do setor, os caminhoneiros descartaram uma nova greve. “Nos últimos dias começaram a circular mensagens no Whatsapp sugerindo uma paralisação nacional, mas muita gente de fora começou a querer se aproveitar do movimento e a informação que circula agora é de que, por enquanto, não haverá paralisação”, informa Gomes.

Em vez de greves como as de 2015 e 2018, caminhoneiros farão uma passeata no próximo sábado em diversos municípios brasileiros – na região, ainda não há definição de onde irá acontecer. A ideia é chamar atenção da sociedade para a situação da categoria, que está recebendo menos que o necessário para arcar com os custos e despesas para manter os caminhões na estrada.

De acordo com Gilberto, além do óleo diesel não ter mais isenções de alguns tributos, seu preço vem aumentando desde janeiro. A tabela de frete negociada em 2018 também “não está sendo cumprida e nem fiscalizada pela ANTT”, deixando transportadores vulneráveis a menores preços para o frete. “As entidades de transporte estão buscando junto ao governo medidas para amenizar essa situação e tudo está sendo pautado pelo diálogo”, diz.