O Tribunal de Justiça (TJ-PR) manteve a condenação do ruralista Alessandro Meneghel, mas reduziu a pena de 34 anos e seis meses para 29 anos e um mês de prisão pela morte de um policial federal em Cascavel, no oeste do Paraná.
Alexandre Drummond Barbosa foi morto a tiros em frente a uma casa noturna depois de uma discussão com Meneghel, em abril de 2012. O caso foi julgado em fevereiro de 2017.
Logo após o resultado do júri popular, a defesa recorreu alegando que não pôde incluir no processo todas as provas que levantou.
No julgamento do recurso apresentado pela defesa do pecuarista para que o júri fosse anulado, os desembargadores decidiram na tarde de quinta-feira (21) que não houve irregularidades no processo.
Meneghel cumpre prisão domiciliar e é monitorado por tornozeleira eletrônica desde 2016 para cuidar da mãe em tratamento contra um câncer. O benefício foi revogado por ele descumprir algumas das regras estabelecidas e novamente concedido em 2017.
A defesa adiantou que deve apresentar um novo recurso para o cancelamento do júri, desta vez ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).
O crime
Na época, Meneghel confessou o crime, mas alegou legítima defesa. Ele foi preso no mesmo dia do crime. Com o ruralista foram encontradas uma pistola 9 mm e uma espingarda calibre 12.
Parte da ação foi registrada por câmeras de segurança da boate, e as imagens mostram o momento em que o fazendeiro passa em uma caminhonete e atira várias vezes contra o policial federal que estava de folga. Depois, dá marcha ré, atira de novo e foge.
Alexandre chegou a ser socorrido, mas morreu a caminho do hospital.
De acordo com o MP, testemunhas contaram que o policial foi ameaçado de morte por Meneghel ainda dentro da casa noturna.