quinta-feira, janeiro 31, 2019

Falta de licença ambiental gera 19 multas contra os cemitérios do município e ameaça a saúde da população, em Pinhão

Através de um inquérito civil público que tramita na Comarca de Pinhão, o Ministério Público investiga a falta de licenciamento ambiental nos cemitérios do Município. A apuração aponta que os cemitérios não têm licença expedida por nenhum órgão ambiental competente. De acordo com o IAP – Instituto Ambiental do Paraná, nunca houve registro de algum cemitério licenciado no município, por tanto, exima-se que as irregularidades existam desde muito antes da emancipação politica da cidade, ou seja, mais de meio século.

Pinhão possui um histórico negativo de infrações ambientais. Entre os problemas relacionados ao lixão já e as irregulares dos cemitérios, são aproximadamente cinquenta ações judiciais contra o município. Deste total, seis foram desativados e dezenove multados no ano de 2016.

Recentemente o secretário de Meio Ambiente, Urbanismo e Habitação, Valter Israel, apresentou a promotoria um plano ações que deve regularizar cinco cemitérios em 2019. "Esperamos conseguir reverter mais este grande problema que herdamos", disse Valter.

Partes dos problemas ambientais já foram solucionados através da construção da Unidade de Tratamento de Resíduos e da implantação de um programa de incentivo a separação do lixo. Este trabalho resultou no encerramento de um inquérito que tramitava desde o ano de 2010, porém não evitou uma multa aplicada pelo IAP em decorrência de infrações cometidas em 2006. Neste sentido ainda será necessário recuperar a área do lixão, a qual durante vários anos foi muito degradada pelas ações de gestões anteriores.

"Não estamos medido esforços para solucionar os passivos ambientais do município, o problema é que eles são muitos e os recursos são suficientes", conta Adilson Santarém, secretários de Administração.

O que preocupa a administração agora é o risco á saúde da população. "O chorume dos corpos sepultados nestes cemitérios pode contaminar o solo e o lençol freático, contaminando as nascentes e rios próximos. Além disso, podem transmitir doenças a população, explica o secretário de Saúde, Ivonei Oliveira Lima.