O vereador Silvio Marcos Murbak (SDD), de São Miguel do Iguaçu, no oeste do Paraná, foi preso nesta quinta-feira (18) durante a 2ª fase da Operação Rota Oculta.
Ele é investigado de participação em um suposto esquema de fraude na prestação do serviço de transporte escolar do município. Na primeira fase, deflagrada no dia 26 de setembro, ele já havia sido levado à delegacia para prestar depoimento e liberado.
Murbak estava em casa e foi levado para a Delegacia da Polícia Civil de São Miguel do Iguaçu, onde deve permanecer preso preventivamente.
O inquérito da primeira fase - em que cinco suspeitos foram presos - foi concluído no dia 10. Sete pessoas foram indiciadas por fraude a licitação e organização criminosa, entre elas Murbak.
Uma testemunha afirma que Murbak se identificou como sócio da empresa Konigin, uma das vencedoras da licitação, na locação de uma sala comercial.
“A participação do Marcos Murbak é na organização criminosa que frauda licitação no transporte público do município. Há um direcionamento para determinadas empresas ganharem. Temos provas de que ele participava como sócio oculto destas empresas”, afirmou a delegada Rita de Cássia Camargo Lira, da Divisão de Combate à Corrupção.
Os supostos envolvidos são investigados entre outros por fraude à licitação, organização criminosa, falsidade ideológica e peculato.
Investigações
De acordo com a polícia, o material apreendido durante as buscas e apreensões em empresas, casas, na prefeitura e na Câmara de Vereadores indica como funcionava o esquema.
O empresário Rui Omar Novicki Júnior é apontado como o líder do grupo. Segundo as investigações, Júnior era o verdadeiro dono de duas empresas e passava as ordens a Nelson Quintino, gerente de uma delas.
Em uma gravação telefônica autorizada pela Justiça, Nelson Quintino foi flagrado orientando um motorista a rodar com os ônibus em trechos sem alunos.
A polícia afirma que, neste momento, eles já tinham conhecimento da investigação e tentaram registrar no tacógrafo, o equipamento que marca quilometragem, os dados conforme a licitação.
O levatamento dos prejuízos com as fraudes ainda não foi concluído.
Rui Omar Novicki Júnior, o irmão dele e Nelson Quintino estão presos em Foz do Iguaçu desde a primeira fase.