terça-feira, setembro 11, 2018

PM fala sobre crimes causados policiais ...“Não detectamos nenhuma falha na formação”

Em coletiva realizada nesta segunda-feira (10), em Curitiba, o Tenente-coronel Éveron César Puchetti Ferreira, Diretor de Pessoal da Polícia Militar do Paraná (PMPR), conversou com a imprensa e esclareceu os crimes recentes envolvendo profissionais da corporação no Estado.

Ao ser questionado sobre como foi o processo de ingresso na Polícia Militar dos acusados, que incluem os policiais Peterson da Mota Cordeiro, acusado de matar a jovem Renata Larissa dos Santos, de 22 anos, em Colombo e William Moreira de Almeida, que matou a namorada, o primo e cometeu suicídio, também em Colombo; Lucas Santos Araújo, que matou um subtenente e um soldado na 6ª Companhia Independente da PM em Ivaiporã; e também os policiais envolvidos no acidente da Linha Verde, em Curitiba; Ferreira afirmou que todos passaram por uma avaliação antes de ingressar na instituição. “Não detectamos nenhuma falha na formação, nem na testagem psicológica que foi feita para estes candidatos”, pontuou.

O Diretor de Pessoal da PMPR chegou a mencionar que ele mesmo foi professor de algumas turmas dos envolvidos e que todo o procedimento necessário da corporação foi realizado normalmente. Cada um dos casos foi comentado na coletiva. Entenda:

Soldado Peterson da Mota Cordeiro

Sobre o caso do policial militar acusado de matar Renata Larissa e de estuprar outras jovens, a corporação esclareceu que Peterson havia sido reprovado na avaliação social e não no teste psicológico antes de entrar com o recurso que possibilitou seu ingresso na PM. Ele havia sido rejeitado anteriormente por ter, contra ele, boletins de ocorrência relatando violência doméstica.

Soldado William Moreira de Almeida

Durante a coletiva, a Polícia Militar esclareceu que o soldado William Moreira de Almeida havia acabado de retornar para a corporação após ficar afastado por sete meses para tratamento psiquiátrico. Ele havia sido liberado pela Junta Médica da Polícia Militar para retornar as atividades e recebeu novamente sua arma no dia 3 de setembro, quatro dias antes de cometer o crime, mas ainda não havia voltado às operações em campo, sendo designado para trabalho administrativo.

Soldado Lucas Santos Araújo

O policial militar Lucas Santos Araújo havia passado por uma avaliação psicológica em outubro de 2017, menos de um ano antes do crime, registrado no dia 2 de setembro deste ano. Conforme o tenente-coronel Puchetti, “nunca teve nenhum indicativo na sua ficha técnica sobre problemas psicológicos”. Santos matou dois policiais, de 51 e 26 anos a tiros, em frente à 6ª CIPM de Ivaiporã.