sexta-feira, julho 20, 2018

16º BPM emite nota sobre afastamento de policial militar

Policial é investigado pelo Gaeco e Policia Civil por possível envolvimento em esquema que ocultava carros roubados em Guarapuava
O setor de comunicação do 16º Batalhão de Polícia Militar (BPM), de Guarapuava , emitiu uma nota sobre o afastamento de um policial da corporação nesta quinta feira (19), após o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e a Polícia Civil desencadearem uma operação de grandes proporções no município, envolvendo, também, Londrina e Curitiba. O policial é investigado por possível envolvimento em um esquema criminoso que ocultava carros roubados em Guarapuava.

O batalhão não informou, entretanto, se o policial pertence a sede do 16º BPM ou se integra algum outro destacamento da corporação na região.

De acordo com a nota, o comando do 16º BPM tomou conhecimento do caso na tarde desta quinta, quando foi expedida uma ordem de implantação de medida cautelar contra o policial suspeito de envolvimento. Ele é investigado suspeita de usar seu cargo para “acessar sistemas restritos a entes de segurança pública para fins ilícitos”.

Ainda segundo o batalhão, foi entrado em contato com a Corregedoria da Polícia Militar e repassadas todas as informações necessárias “para que sejam tomadas as medidas cabíveis e o militar seja afastado de suas atividades”. Na nota, a PM informa, também, que será instaurado um processo legal para apurar o possível envolvimento do policial no esquema.

O nome do policial envolvido continua em sigilo.

A OPERAÇÃO
Pela manhã, agentes do núcleo operacional de Guarapuava cumpriram 14 mandados de prisão preventiva e 16 mandados de busca e apreensão entre os três municípios. De acordo com o MP-PR, os mandados de prisão preventiva são dirigidos a oito homens e seis mulheres, dentre os quais sete têm envolvimento com crimes já apurados em inquérito ou ação penal. Foram 14 buscas em Guarapuava e duas em Londrina, realizadas em dez residências e seis locais comerciais.
Investigações paralelas em Curitiba e Guarapuava apuraram que a organização criminosa comprava veículos roubados, principalmente em Curitiba e Região Metropolitana, e ocultava-os em Guarapuava, adulterando os sinais e obtendo documentos falsos de automóveis com as mesmas especificações. Em seguida, os carros eram anunciados em sites de venda na internet. Em Guarapuava, 11 carros foram apreendidos até o momento, alguns deles considerados de luxo.
Entre os crimes da organização criminosa, estão receptação, adulteração de sinais de veículos, falsificação de documentos e estelionato. Ainda não foram identificados os autores dos roubos, mas a investigação desconfia que eles eram encomendados pelos receptadores.