Rogério Galindo fez o seguinte relato para seu blog na Gazeta do Povo
“Os entrevistadores de Alvaro Dias na rádio Jovem Pan (a de São Paulo, claro) tocaram na grande ferida eleitoral do candidato. Foi a primeira vez na disputa nacional que alguém lembrou do 30 de agosto, data em que a cavalaria da PM atropelou uma manifestação de professores no Centro Cívico.
Alvaro reagiu com uma indignação que não faz jus à sua experiência de cinco décadas de política. Disse que se tratava de um “factoide”, de “fake news”. Foi mais além: disse que era “provinciano” tratar de uma coisa dessas em uma eleição presidencial.
Só que na tentativa de minimizar o acontecido, o candidato levou uma bordoada atrás da outra dos entrevistadores. Marco Antônio Villa deixou claro que, apesar da indignação, não era factoide nem fake: o fato realmente aconteceu.
O pior veio num comentário logo a seguir de Vera Magalhães. Alvaro disse que não poderia ser o responsável por nenhuma atrocidade, caso contrário não teria a popularidade que tem no Paraná, os votos que tem no Paraná, os apoios que tem no Paraná, não faria o almoçõ que fez no Paraná. “Mas nessa hora não é provincianismo?” lascou a jornalista”.
Depois da entrevista de Alvaro Dias a Jovem Pan, as assessorias dos concorrentes do candidato ficaram mais calmas: é a primeira vez que Alvaro enfrentará para valer a imprensa nacional e nesse quesito ele perde, perde feio, disse um colega do blog.