Paraná registrou o maior número de mortes cometidas por policiais em confronto no Sul do Brasil em 2017. Foram 263 pessoas mortas por policiais militares e civis. Somadas, as mortes cometidas por agentes no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina representam 81% do total do Paraná.
Em relação às mortes dos policiais em confronto, o estado também lidera na região. Foram nove no Paraná, cinco no Rio Grande do Sul e dois em Santa Catarina.
O total de mortes cometidas pelas polícias em confronto no estado se manteve estável no comparativo com 2016, quando foram registradas 267 - quatro a mais. Em 2015, foram 246. Em média, nos últimos dois anos, ocorre uma morte por policial a cada 30 horas no Paraná.
Já o número de policiais mortos em confronto em 2017 teve redução na comparação com o ano anterior - que registrou 25 óbitos, sendo 21 fora de serviço. No ano passado, foram quatro mortes fora de serviço.
A maioria dos confrontos com mortes envolve os policiais militares, que cuidam do patrulhamento ostensivo. Do total do estado, cinco mortes foram cometidas por policiais civis. Nenhum policial civil morreu no ano passado.
Por isso, a instituição preferiu não se pronunciar.
Investigação
No Paraná, o acompanhamento da atividade policial no estado é feito, especificamente, pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), desde 2015.
Conforme o coordenador do Gaeco, Leonir Batisti, as mortes só são investigadas quando as circunstâncias não estão claras ou quando há alguma denúncia de que a versão oficial não procede.
Um levantamento do Gaeco, de janeiro deste ano, indicaram que a maior parte das vítimas são homens entre 18 e 29 anos. Os dados mostraram também que 236 pessoas ficaram feridas nos confrontos em 2017.
Fora de serviço foram registradas somente mortes cometidas por militares no ano passado - 38 no total.