Com uma Venezuela em colapso pela crise econômica, o presidente Nicolás Maduro buscará no domingo a reeleição em uma disputa sem rivais de peso, boicotada pela oposição e cujo resultado não será reconhecido por vários países das Américas e Europa.
Poucos cartazes são observados nas ruas. Sem grande entusiasmo, 20,5 dos 30,6 milhões de venezuelanos estão registrados para votar na eleição de apenas um turno, antecipada pelo governo.
Maduro é o favorito, apesar da reprovação de 75% dos venezuelanos, cansados com a falta de alimentos, remédios, água, luz, transporte e segurança, com um custo de vida elevado, em um país no qual o salário mínimo paga meio quilo de carne.
Centenas de milhares de pessoas abandonaram a Venezuela com o agravamento da situação nos últimos anos.
Mas o caminho está preparado para Maduro: ele controla o sistema eleitoral e tem o apoio dos militares. Para completar, a oposição está dividida entre os que votarão e os que defendem a abstenção para tirar a legitimidade de um novo mandato de seis anos, que começaria em janeiro de 2019.