É HOJE....
Longevidade é uma das palavras que definem a carreira de Vitor Belfort. E, quando subir ao octógono pela última vez na carreira, logo mais, no UFC 224, na Arena da Barra, a partir das 23h, contra o compatriota Lyoto Machida, chegará ao fim uma das mais longas e vitoriosas trajetórias do MMA mundial.
Aos 41 anos, o Fenômeno, como é conhecido o lutador carioca, estreou na principal organização da modalidade no distante UFC 12, no Alabama, nos EUA, no dia 2 de julho de 1997, com um nocaute técnico diante do anfitrião Tra Telligman.
Ex-campeão peso-pesado e do peso-meio-pesado do UFC, o pai dos pequenos Davi, Victoria e Kyara soma 26 vitórias em 40 combates no MMA.
E ter a despedida de Belfort no card no Rio é motivo de orgulho para David Shaw, vice-presidente sênior internacional do UFC.
— O Vitor está conosco há muito tempo, é uma lenda, um dos ícones que estavam bem no início e segue até hoje. Ele representa muito para o esporte, é um ídolo para as crianças ao redor do mundo — elogiou o executivo, em entrevista exclusiva.
Se a saideira de Belfort não valerá cinturão, a principal atração na Barra, entre a baiana Amanda Nunes e a americana Raquel Pennington, garantirá o título do peso-galo. Será a terceira vez consecutiva que a brasileira colocará em jogo sua hegemonia na modalidades.
Aliás, atualmente, no Brasil, apenas Amanda e a paranaense Cris Cyborg (peso-pena) têm cinturão do UFC. Segundo Shaw, da mesma forma que esta curiosidade deixa claro o empoderamento das lutadoras brasileiras no octógono, não significa que, no masculino, o país vai tão mal.
— É uma reciclagem natural do esporte, e o Brasil tem duas líderes, com todos os princípios dos grandes campeões, assim como alguns top 5, como o Rafael dos Anjos (ex-campeão dos leves), que vai disputar cinturão em breve (no meio-médio interino) — disse.
Sobre a seca brasileira no quesito títulos no masculino, o executivo do UFC tem uma certeza.
— O Brasil voltará a ter um campeão nos próximos doze meses — avisou.