quinta-feira, abril 26, 2018

Vereador e ex-vereadores são presos em investigação sobre 'mensalinho'

Um vereador e quatro ex-vereadores de Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, investigados na Operação Sinecuras, que apura, entre outros crimes, pagamentos de propina a agentes políticos, foram presos preventivamente nesta quarta-feira (25).

A Justiça determinou, nesta quarta, a prisão de sete ex-vereadores e aplicação de medidas cautelares a outros três ex-vereadores investigados na 1ª fase da operação do Ministério Público do Paraná (MP-PR), comandada pelas promotoria de Araucária, batizada "Mensalinho".

Foram presos, segundo o MP-PR:

Adriana Cocci de Moraes Castro - ex-vereador
Alex Luiz Nogueira - ex-vereador
Francisco Carlos Cabrini - vereador reeleito
Josué de Oliveira Kersten - ex-vereador
Pedro Gilmar Nogueira - ex-vereador

Os ex-vereadores Esmael Antônio Ferreira Padilha e Vanderlei Francisco de Oliveira ainda não foram encontrados pelos policiais do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

Conforme a decisão, os ex-vereadores, que tinham sido presos na deflagração da operação, em 5 de abril, tiveram as prisões revogadas pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) "ante ausência de pedido de prisão preventiva formulado pelo Ministério Público", que solicitou as prisões temporárias, válidas por cinco dias.

"[...] se mostra indispensável a segregação cautelar dos ora representados, não só pelos fatos já anteriomente apurados, mas também 'novos e graves fatos criminosos foram apurados demosntrando a severa reiteração criminal praticada durante anos no município'", diz trecho.

O despacho aponta ainda que é evidente a probabilidade de que os investigados "venham a conturbar as investigações, seja porque, como comprovado, novos crimes estão sendo descobertos, os quais, com a liberdade dos representados, sofreriam grave risco de ocultação".

Outros três ex-vereadores tiveram medidas cautelares impostas pela Justiça. Eles estão proibidos de ter contato com qualquer pessoa relacionada à administração pública e de se ausentarem da comarca. Dois deles também tiveram fiança arbitrada em 50 salários-mínimos.