segunda-feira, janeiro 29, 2018

Delegado suspeito de liberar traficantes é preso pelo Gaeco

O Delegado Max Dias Lemos, que atua no comando da Delegacia de Matinhos, no Litoral do Paraná, foi preso na manhã desta segunda-feira (29) suspeito de liberar traficantes. A informação foi confirmada pela própria Polícia Civil e a prisão aconteceu durante uma ação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), braço do Ministério Público do Paraná (MP-PR).

Segundo o Gaeco, as investigações foram feitas pela promotoria de Ibaiti, Norte do Paraná. Ao todo, com o apoio do Gaeco de Curitiba, foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão, quatro deles em residências (em Ibaiti, Telêmaco Borba, Londrina e Matinhos) e um na Delegacia de Matinhos.

A Tribuna do Paraná apurou que as investigações começaram depois que os promotores de Ibaiti receberam a denúncia de que traficantes, que tinham sido presos com drogas no trajeto de Ibaiti até Matinhos, teriam sido liberados depois de um suposto pagamento de propina. Na época, conforme informou o próprio Gaeco, a caminhonete usada pela dupla teria sido apreendida e até o veículo foi devolvido com a liberdade dos presos.

Tráfico de drogas

Além da suposta corrupção passiva por parte do delegado, as investigações do Gaeco apuram também a possibilidade de que ele estivesse envolvido com o tráfico de drogas. Através da assessoria de imprensa, a Polícia Civil disse que a prisão do delegado não teve relação com a Delegacia de Matinhos e também não está ligada com a atividade policial desempenhada no litoral do Paraná durante a Operação Verão.

Conforme a Polícia Civil, uma equipe da Corregedoria Geral da Polícia Civil (CGPC) também participou da ação. Durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão na residência do delegado, os policiais encontraram porções de cocaína. Por isso, Max Lemos também vai ser autuado por tráfico de drogas.

A Polícia Civil informou que o delegado vai ser encaminhado ao Centro de Triagem (CT) de Curitiba, onde fica à disposição da Justiça. Paralelo às investigações do Gaeco, foi aberto um processo administrativo pela CGPC, para apurar a conduta do servidor. Se comprovadas as irregularidades, o delegado está sujeito a pena de demissão do cargo.