sábado, agosto 05, 2017

Kaefer é novamente afastado da gestão da Diplomata

A 1ª Vara Cível de Cascavel decidiu afastar novamente o deputado federal Alfredo Kaefer e sua esposa Clarice Roman da gestão do Grupo Diplomata. A decisão é uma resposta a um pedido feito pela administração judicial do grupo. O deputado havia retomado a gestão da Diplomata no dia 20 de junho.

Pela decisão, Kaefer fica à frente da empresa apenas até a realização da próxima assembleia, já marcada para setembro. Até o efetivo afastamento o poder dele será reduzido, “não podendo contrair novos empréstimos, realizar pagamentos, movimentar caixa e contas bancárias, promover transações de valores, dispor sobre bens ou assinar novos contratos sem a anuência do administrador judicial”

O juiz determina, inclusive, que o administrador judicial compareça às agências bancárias para comunicar a determinação da justiça ao gerente.

O Ministério Público deu aval na decisão.

“Os fatos listados demonstram que o afastamento dos requeridos é medida imperativa, adequada e proporcional para evitar prejuízos e a perpetuação de fraudes contra credores”.

Para o juízo “existem fortíssimos indícios de que mantidos a frente do negócio, os requeridos continuem a praticar fraudes e a dilapidar patrimônio”

“Estamos falando de um grupo econômico com dívida superior a 1,5 bilhões de reais, cujo noticiário aventou tratar-se do 4º maior processo de insolvência do país”, diz o magistrado Pedro Ivo Lins Moreira na decisão. 

Depois de assumir, foram apresentadas denúncias de desvio de recursos na empresa durante o período que os devedores estiveram afastados. Segundo o juiz, todas as denúncias serão apuradas.

“Pondere-se, ao lado disso, a possibilidade de o administrador judicial não estar preparado, neste momento, para assumir a gestão da complexa cadeia de negócios em tão pouco tempo, não só pela falta de expertise, mas principalmente porque foi recentemente denunciado que funcionários do alto escalão - contratados pelo Sr. Alfedo Kaefer - teriam se aproveitado do cargo para desviar recursos da empresa"

Com CGN