sábado, agosto 05, 2017

É do governo estadual a iniciativa de DESTRUIR parte da REGIÃO de CAMPOS GERAIS

O assunto ganhou proporções polêmicas quando o deputado Plauto Miró (DEM) apresentou o projeto de redução na Assembleia no início deste ano legislativo. Segundo ele, a possibilidade de redução estaria comprovada graças a um estudo realizado pela Fundação ABC, uma entidade de pesquisa mantida pelo setor do agronegócio. Pelo estudo, a exploração agrícola em áreas que estão hoje sob proteção desde 1992 não traria prejuízos ao patrimônio ambiental da Escarpa.

Mas daí vem a pergunta: quem pediu para a Fundação ABC realizar os estudos para reduzir a área protegida para abrir espaço para atividades que, em tese, seriam predatórias?                   
                       
Um documento a que a coluna teve acesso mostra que a iniciativa partiu do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), justamente o órgão do governo estadual que deveria estar empenhado em preservar a área.

A Escarpa Devoniana

A Área de Proteção Ambiental (APA) da Escarpa Devoniana foi criada em 1992. Com quase 400 mil hectares de área, se estende ao longo de 12 municípios – Balsa Nova, Campo Largo, Carambeí, Castro, Jaguariaíva, Lapa, Palmeira, Ponta Grossa, Porto Amazonas, Sengés, Tibagi e União da Vitória.

A Escarpa Devoniana tem esse nome porque é sustentada pela Formação Furnas, de idade devoniana, ou seja, de 400 milhões de anos. Ela reúne alguns dos mais importantes pontos turísticos do estado, como o Buraco do Padre, Furnas e o Cânion Guartelá.

É do governo do estado a responsabilidade de garantir programas de estímulo ao desenvolvimento, mas, ao mesmo tempo, assegurar qualidade de vida, proteção de áreas naturais e o incremento de atividades de alto retorno econômico, como é o caso do turismo.

Com Gazeta do Povo