
A greve dos agentes penitenciários do Paraná chega nesta segunda feira (22) ao terceiro dia com a participação de todas as 33 unidades penitenciárias do estado. O protesto é contra a aprovação da PEC 287, de reforma da Previdência.
Durante a greve, estão suspensas todas as atividades com movimentação de presos, como visitas, banho de sol, atendimentos social e jurídico e atividades de trabalho e estudo. Os agentes estão trabalhando exclusivamente na custódia e entrega de alimentação aos detentos.
Em todos os dias, as equipes de folga têm se reunido em frente às unidades para prestar apoio aos agentes grevistas do plantão.
Em assembleia realizada no último dia 16, os agentes do Paraná decidiram pela adesão à mobilização nacional da categoria, que, nos dias 19 e 20, cruzaram os braços em vários Estados do país. Em São Paulo, os agentes protestaram com operação padrão.
A mobilização no Paraná está sendo a mais exitosa de todas as greves deflagradas no país contra a PEC 287, já que atingiu a totalidade de unidades do Estado.
Várias entidades de trabalhadores manifestaram apoio aos agentes, seja por meio de nota pública ou indo até a porta das unidades se solidarizar ao movimento paredista. Entre elas, a APP, os comerciários de Foz, a Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal, servidores públicos de Foz e as Guardas Municipais de Curitiba e Foz do Iguaçu.
Desde que o texto da PEC 287 foi apresentado pelo governo Temer, os sindicatos de agentes penitenciários de todo o Brasil têm feito uma maratona na capital federal para que a categoria siga tendo direito a uma aposentadoria diferenciada em decorrência da periculosidade da profissão, como prevê o atual artigo 40 da Constituição Federal. Por duas vezes (19/04 e 03/05) o relator da reforma na Câmara, deputado Arthur Maia (PPS-BA), garantiu a presença dos servidores penitenciários nas regras especiais, mas, declinou da inclusão após pressão sofrida por governadores.