quinta-feira, outubro 10, 2019

Caso Daniel: Justiça revoga prisão de três réus e manda tirar tornozeleira eletrônica de Cristiana Brittes

A juíza Luciani Regina Martins de Paula, da 1ª Vara Criminal de São José dos Pinhais, revogou nesta quarta (9) as prisões de David William Vollero, Eduardo Henrique Ribeiro da Silva e Ygor King e mandou suspender o monitoramento eletrônico de Cristiana Brittes. Eles são réus no processo que apura o assassinato do jogador Daniel Côrrea de Freitas. David, Eduardo e Ygor estão presos na Casa de Custódia e, segundo o Departamento Penitenciário do Paraná (Depen-PR), devem ser soltos ainda nesta quarta (9). 

A decisão acata o pedido feito pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) nas alegações finais, apresentadas na terça (8). No texto, a juíza alega que a decisão acompanha "novos paradigmas" da Lei de Abuso de Autoridade que, segundo a juíza, "demandaria a substituição da custódia cautelar de tais réus por medidas alternativas".

Com a decisão, apenas o empresário Edison Brittes, que confessou ter matado o jogador, continua preso na Casa da Custódia de São José dos Pinhais.O advogado Claudio Dalledone Junior disse que a defesa tentará a liberdade de em breve. “A decisão de momento é de que ele permaneça preso, respeitamos, mas vamos buscar sua liberdade também. O processo está maduro, a instrução está encerrada e ele não oferece risco algum ao curso do processo. Brittes confessou seu ato, não se furta as atitudes tomadas, merece responder em liberdade”, concluiu o criminalista.

Em seu despacho, que também manda retirar a tornozeleira de Cristiana Brittes, a magistrada relata que “mão se teve notícia, pelo menos até o presente momento, de que a ré tenha descumprido alguma das condições a ela impostas, pelo que vislumbro a possibilidade de revogação da medida cautelar de monitoração eletrônica anteriormente aplicada, mantendo-se as demais vigentes, vez que são suficientes e eficazes ao caso em tela”.

Para o advogado de defesa de Cristiana, Claudio Dalledone Junior, a decisão da justiça apenas demonstra que vencida a fase de instrução, os fatos e personagens deste caso começam a ser colocados cada um em seu devido lugar. “Não tínhamos dúvida de que tudo caminhasse para esse desfecho e aguardamos novos fatos em breve, após a entrega das alegações finais das defesas. Um caso que foi marcado pela mentira e pela covardia de uma ala da imprensa, mas que não se contaminou no bojo do processo. A justiça jamais se curvará as tentativas de justiçamentos, a justiça é mansa, serena e dá a cada um o que é seu”, resumiu Dalledone.

Júri Popular

O MPPR pediu, nas alegações finais, que os sete réus no processo que investiga o assassinato do jogador Daniel sejam levados a júri popular. O pedido está nas alegações finais, que foram apresentadas à Justiça nesta terça (8). Quem decidirá se acata ou não o pedido do MPPR é a juíza Luciani Regina Martins de Paula, da 1ª Vara Criminal de São José dos Pinhais. Antes disso, as defesas apresentarão as alegações finais.