quarta-feira, dezembro 16, 2020

Polícia mira associação criminosa voltada a compra e venda de pontos em CNH

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) está nas ruas, desde as primeiras horas da manhã desta quarta-feira (17), em combate a irregularidades na apresentação de condutores em multas de trânsito. A operação conta com o apoio do Departamento Estadual de Trânsito do Paraná (Detran/PR). São 86 alvos, entre empresas e pessoas físicas, suspeitas de financiarem o mercado clandestino de comercialização de pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) no Estado.

Cerca de 250 policias civis participam da operação com a missão de cumprir nove mandados de prisão temporária e 119 de busca e apreensão, de forma simultânea, em 14 cidades do Paraná.

– Curitiba
– São José dos Pinhais
– Maringá
– Marialva
– Sarandi
– Foz do Iguaçu
– Cianorte
– Campo Mourão
– Londrina
– Cambé
– São Jorge do Ivaí
– Porto Rico
– Paiçandu
– Janiópolis

Entre os alvos estão despachantes, empresas de consultoria de trânsito e autoescolas. Quinze dos suspeitos possuem antecedentes por crimes como embriaguez ao volante, afastar-se de local de crime para fugir da responsabilidade civil e penal, tráfico de drogas, estelionato, porte ilegal de arma de fogo, furto, falsificação de selo ou sinal público, uso de documento falso, dirigir sem CNH, associação criminosa, receptação e sonegação tributária.

A investigação estão iniciou há 9 meses, mas trabalha com levantamentos feitos desde o ano de 2018. A PCPR apurou a existência de 3,5 mil pontos fraudados. Muitos dos condutores indicados eram pessoas que já morreram.

O foco da ação não é apenas responsabilizar empresas envolvidas nos crimes, mas também pessoas comuns que oferecem suas CNHs para receberem pontuação, isentando de responsabilidade os verdadeiros infratores – evitando que estes tenham seus documentos suspensos ou cassados.

No campo administrativo, o Detran/PR está estabelecendo novas rotinas em seus sistemas visando evitar esse tipo de indicação fraudulenta. Os suspeitos estão sendo investigados por falsidade ideológica e associação criminosa.

Assessoria PCPR