segunda-feira, setembro 28, 2020

Apicultores enfrentam quebra na produção de mel

Os apicultores Gilberto Spader e João Pichet estão entre os maiores produtores da região Sudoeste do Paraná, na atualidade. Assim como na produção de grãos, a estiagem está afetando a safra de mel deste ano. Há mais de 30 dias não cai uma boa chuva na região.

As colmeias deveriam estar cheinhas de mel, mas a falta de flores nas árvores impede a produção pelas abelhinhas que não encontram a base de sua matéria-prima, o néctar das floradas.

O Paraná vem despontando este ano como principal Estado exportador de mel, com cinco mil toneladas no primeiro semestre, um aumento de 57% sobre o volume exportado em igual período do ano passado, que somou três mil toneladas.

A Associação Brasileira dos Exportadores de Mel (Abemel) credita o aumento das exportações brasileiras à pandemia do novo coronavírus. João Picheti destaca que o preço do mel tem mantido suas médias e o consumo em alta tem mantido a boa fase.

As exportações também crescem, com o mel brasileiro e paranaense nos mercados dos Estados Unidos e da Europa. As exportações foram principalmente para os Estados Unidos e Alemanha, mas pode ser destacada também as vendas para o Canadá, Bélgica, Holanda, Austrália e Dinamarca.

O mercado do mel movimenta US$ 360 milhões, com o número de apicultores tendo aumentado 4,5% nos últimos dez anos, segundo estimativas da Confederação Brasileira de Apicultura. Sem falar nos aspectos econômicos, a apicultura resulta em enormes benefícios para o meio ambiente e para a saúde humana.