sábado, fevereiro 09, 2019

Possibilidade de explosão mostra que desativação da cadeia de Guarapuava é emergencial

De acordo com o delegado chefe da 14ª SDP, Rubens Miranda, a única solução para o problema é a construção de uma nova cadeia.
Jovem preso (Foto: Ascom/Polícia Militar)

A prisão de um jovem com 11 unidades de dinamite que seriam utilizadas para explodir a Cadeia Pública de Guarapuava e facilitar a fuga em massa de presos, dá continuidade às discussões que vem sendo levantadas sobre a urgência de uma nova unidade prisional segura e fora do Centro da cidade.

O 26º GAC e a Dalba Engenharia, empresa que trabalham com explosão de pedreiras, para saber qual o impacto e a área de abrangência de uma explosão que seria provocada pela munição interceptada, mas não foi possível obter a informação.

A estrutura frágil, a superlotação que dificilmente fica abaixo de 400 presos colocados em um espaço projetado para 166 pessoas, e hoje localizado em uma área residencial, o cadeião convive com fugas frequentes e agora na iminência de “ir para os ares”.

Em setembro do ano passado já foram localizadas unidades de explosivos no solário. Mas a munição encontrada na noite dessa quinta (7), em Foz do Jordão, mostra a insegurança em que vivem famílias que moram no entorno e, principalmente, os agentes penitenciários e os policiais civis que compartilham a mesma unidade.

Informações de bastidores apontavam que há cerca de 30 dias, um alerta informava que a estrutura da cadeia seria abalada pela invasão de um caminhão que derrubaria o muro que separa a carceragem da rua. A polícia, porém, não confirma essa informação já que a denúncia não se concretizou.

A construção de uma Casa de Custódia com capacidade para 512 presos, foi autorizada pela ex-governadora Cida Borghetti (PP) em junho de 2018, após reunião com o prefeito Cesar Filho, o deputado Bernardo Carli, a deputada Cristina Silvestri e outras lideranças de Guarapuava.

Porém, a área escolhida é ao lado da Penitenciária Industrial de Guarapuava (PIG) e está sendo doada pelo Município ao Estado. De acordo com o secretário de Habitação e Urbanismo de Guarapuava, Flávio Alexandre, o terreno encontra-se no cartório em fase de escrituração.

“O projeto de Lei foi aprovado pela Câmara em dezembro de 2018, assim como desafetação de duas ruas.” Segundo Flávio Alexandre, depois desse processo começará o trâmite para aprovação do projeto arquitetônico elaborado pelo Departamento Penitenciário (Depen). Não há previsão para o início da obra.