quarta-feira, junho 05, 2019

Ministério Público processa Prefeita de QUEDAS do IGUAÇU por PLACA criticando ex prefeitos

O Ministério Público do Paraná (MP-PR) entrou com uma ação contra a prefeita de Quedas do Iguaçu, no sudoeste do estado, Marlene Fátima Revers (Pros), e o secretário de administração, Vitório Revers, por causa de uma placa de reinauguração de uma obra com críticas a dois ex-prefeitos.

Na ação, que começou a tramitar em 31 de maio, a 2ª Promotoria da Comarca de Quedas do Iguaçu afirma que houve prática de improbidade administrativa com "gravidade significativa" e pede que haja perda da função pública, suspensão de direitos políticos e pagamento de multa.

Na placa de reinauguração do Parque Aquático Municipal, reaberto em dezembro de 2018, encomendada pelo secretário - que já foi prefeito -, os ex-prefeitos Gelmar Chmiel e Edson Prado são apontados como os responsáveis pelo abandono e pela destruição do local, respectivamente.

Na mesma placa, Vitório aparece como o idealizador e construtor do parque, e a atual prefeitura e esposa dele como a responsável pela reconstrução.

“Aquilo foi um crime. As pessoas precisam saber o que foi feito com o patrimônio público. Fiz isso para que nenhum outro prefeito volte a fazer o que foi feito. Vou defender a placa como meu sangue, se for preciso”, comentou o secretário, na reinauguração.Conforme o MP-PR, a placa foi retirada após decisão liminar da Justiçaconcedida depois de um mandado de segurança impetrado pelo ex-prefeito Gelmar Chmiel. 

"Ocorre que, para a população, pouco importa quem fez a melhoria, sendo essencial que o espaço público esteja bem preservado. Assim, por certo, a conduta dos requeridos, para além de desnecessária, fere a ordem jurídica", diz trecho da ação.

A promotoria entende que houve autopromoção da prefeita e do secretário ao denegrir a imagem "de seus desafetos eleitorais". Para o MP-PR, houve violação dos princípios da impessoalidade e da moralidade administrativa.
A ação tramita na Vara da Fazenda Pública de Quedas do Iguaçu.

O que disseram os ex-prefeitos

À época da reinauguração, o ex-prefeito de Quedas do Iguaçu entre 2005 e 2008, Gelmar Chmiel, disse que acreditava que Revers tomou a atitude por alguma desavença política. Ele negou o abandono do espaço público.

“Fui vice-prefeito dele entre 2000 e 2004. Logo depois que assumi a prefeitura, levei para praça pública todo o maquinário da prefeitura que estava sem condições de uso. Isso deve ter causado alguma mágoa nele, que agora está revidando”, apontou.

Já o ex-prefeito Edson Prado não quis se manifestar sobre o caso e afirmou que acionaria a Justiça.

OUTRO CASO

Nesta semana a câmara de vereadores de Quedas do Iguaçu votaram e aprovaram decreto do legislativo que pede o afastamento da prefeita Marlene Revers, por improbidade. A prefeita é acusada, após denúncia de um eleitor, dando conta de gastos exagerados na compra de bolos e salgados para reuniões do Conselho de Assistência Social.

Segundo denúncia, em um único dia de reunião, foram consumidos mais de 900 quilos de bolo, o que chamou a atenção para uma possível irregularidade. 

No entanto, a chefe do executivo municipal conseguiu uma liminar pela juíza da comarca que mantém a prefeita na função.