Pouco antes de completar um ano da rebelião da Penitenciária Estadual de Cascavel (PEC), o laudo do Instituto Médico Legal (IML) para liberação dos restos mortais de Tiago Gomes de Souza foi finalizado e divulgado. Tiago era detento da PEC e foi decapitado durante a rebelião. A mãe do preso fez o reconhecimento da cabeça, que foi liberada para o sepultamento na época, mas o que restou do corpo, um fêmur, seguia no IML.
O homem foi torturado, morto, decapitado, e teve o corpo queimado no motim, que durou cerca de 43 horas. Na perícia no presídio, o fêmur de Tiago foi localizado e o material genético para comprovar que o osso pertencia ao detento foi enviado para o Laboratório Central do Estado. O processo, no entanto, foi demorado, e somente agora, com o laudo do IML, o corpo deve ser liberado para a família.
Em uma audiência, poucos dias antes da rebelião, Tiago, que cumpria pena por assalto e estupro, foi ouvido pela Vara Criminal de Cascavel. No depoimento, o detento afirmou que, ao saber da rebelião, ele e outros três presos de cela colocaram fogo em colchões, para que fossem levados para a sessão de isolamento, onde acreditavam que estariam mais seguros.
Rebelião
O motim começou no dia 9 de novembro de 2017, quando detentos renderam três agentes e tomaram a unidade. Além de Tiago, outro detento morreu, e 33 ficaram feridos.
2014
Em 2014 outra grande rebelião foi registrada na PEC. Cerca de 90% da unidade foi destruída e foram investidos R$ 1,5 milhões para a reconstrução. Cinco presos morreram.