quarta-feira, junho 27, 2018

Para nova cadeia sair do papel, prefeitura de Guarapuava precisa doar o terreno

A Prefeitura de Guarapuava precisa concluir os tramites e transferir o terreno que fica ao lado da Penitenciária Industrial de Guarapuava (PIG) para que o Estado elabore o projeto de construção da nova cadeia pública na cidade, chamada de casa de custódia. Somente depois do projeto elaborado o custo da obra será calculado e previsto no Orçamento do Estado. Não há prazo para início da obras.

“Apresentamos para Prefeitura um projeto [arquitetônico] e o local onde queremos construir a casa de custódia com capacidade para 512 presos em regime fechado, uma obra necessária para que não tenhamos mais presos na sede da Subdivisão policial”, disse Élio de Oliveira Manoel, secretário de Administração Penitenciária do Paraná.

A fase é de elaboração de projetos, mas para isso é preciso que a Prefeitura efetive a doação do terreno ao Estado. Somente depois da doação, a construção da obra poderá entrar no Orçamento do Estado.

“Não poderíamos trabalhar aqui, com uma previsão de quando essa obra estaria concluída, porque a primeira fase é a do terreno, nós temos que ter projeto para ter Orçamento e buscar dinheiro”, disse o secretário.

“O encaminhamento que vamos dar agora é fazer os procedimentos legais para efetiva doação do terreno em favor do Governo do Estado e também vamos apoiar na elaboração inicial do projeto como topografia, sondagem”, disse o prefeito de Guarapuava, Cesar Silvestri Filho (PPS).

O terreno onde está prevista a construção foi concedido, por permuta, para uma empresa que não utilizou o espaço. A Prefeitura agora toma os procedimentos cabíveis para reversão da propriedade do imóvel.

Projeto antigo

O secretário confirmou que existia um projeto, mas que foi descartado. Anteriormente, a nova unidade seria construída esse ano.

Segundo o responsável pela administração penitenciária no Paraná, o projeto anterior se tornou inviável porque não cabia no terreno. Além disso, será mais barato construir em alvenaria, justificou Élio. O projeto inicial previa a utilização do modelo construtivo Siscopen (veja aqui).

E o cadeião da 14º?

“Demolição”. Esse é o destino desejado, por parte da Prefeitura, para a carceragem anexa a 14ª Subdivisão Policial, o atual cadeião. A Secretaria de Administração Penitenciária quer um espaço de atendimento à população, mas não fala em demolição.