A campanha mundial “16 dias de Ativismo de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres” busca conscientizar a população sobre os diferentes tipos de agressão contra as meninas e mulheres em todo o mundo
No Brasil, uma mulher é morta a cada 2 horas. E se de 2005 a 2015 houve uma pequena redução no número de mulheres brancas assassinadas, no mesmo período, os índices de assassinatos de mulheres negras aumentam 22%.
São dados como este, que expõe a ferida aberta da violência contra a mulher no Brasil, que deixam clara a necessidade de debater o assunto, conscientizar a sociedade, e definir metas para solucionar o problema.
Pensando nisso, a Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados traz para o Brasil campanha mundial “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres”. E a deputada federal Leandre Dal Ponte, em nome da coordenação da Secretaria, deu as boas-vindas na abertura do evento, realizada nesta terça-feira (21), no Auditório Nereu Ramos. O evento é realizado em conjunto com a Comissão de Defesa do Direito da Mulher da Câmara dos Deputados, a Comissão Permanente Mista de Combate à Violência contra a Mulher, Frente Parlamentar Mista de Defesa dos Direitos Humanos das Mulheres e a Procuradoria Especial da Mulher do Senado
“O primeiro passo para redução neste tipo de violência está, justamente, no enfrentamento dos mecanismos opressores, sistêmicos, e simbólicos que incidem sobre a mulher. Toda vez que um homem faz piada com mulher, comete uma violência simbólica. Toda vez que uma novela objetifica o corpo feminino, comete uma violência simbólica. Toda vez que um homem se sente no direito de mandar a mulher parar de trabalhar e cuidar da casa comete uma violência sistêmica”, discorreu a deputada Leandre.
Para ela, “embora tenhamos um amplo aparato de proteção às mulheres, amparado pela Lei Maria da Penha, ainda vivemos com violências. Muitas vezes travestidas de brincadeiras; outras vezes travestidas de amor”.
Para concluir, a deputada pontuou que se o ciclo de enfrentamento não for trabalhado desde o início, coibindo a evolução do machismo em especial, será necessário trabalhar contra uma maré de intolerância que quer colocar a mulher no papel de subalterna. “E isso não iremos permitir”, determinou.