O ex-prefeito de Honório Serpa, no sudoeste do Paraná, está preso na delegacia de Pato Branco, na mesma região. Rogério Antônio Benin (PSD) se apresentou e deve permanecer em uma cela junto com presos por falta de pagamento de pensão alimentícia e com os quatro ex-funcionários investigados pelo Gaeco por suspeitas de fraudes em licitação.
Benin era considerado foragido desde terça-feira (18), quando foi deflagrada a Operação Allage. Em setembro de 2016, a Justiça já havia determinado a indisponibilidade de bens de 17 integrantes da Comissão Permanente de Licitação do município sob a acusação de fraudes.
Na segunda (17) e na terça-feira, seis pessoas foram presas, entre elas um ex-secretário e dois ex-diretores da Prefeitura de Honório Serpa. A mulher do ex-prefeito foi detida em flagrante por posse ilegal de arma de fogo.
Segundo o Ministério Público Estadual (MP-PR), as investigações tiveram início com a colaboração premiada de um empresário supostamente envolvido nas fraudes que envolvem obras de infraestrutura e a construção de um ginásio de esportes, que não chegou a sair do papel.
A promotoria informou que o ex-prefeito ofereceu ao empresário a construção do ginásio pelo custo de R$ 1 milhão, desde que recebesse R$ 240 mil. O empreiteiro já tinha pagado cerca de R$ 120 mil em propina quando descobriu que por conta de entraves burocráticos o convênio com o governo do estado havia sido perdido. Por isso, ele decidiu denunciar o esquema fraudulento.
O delator contou ainda que havia deixado um bloco de notas fiscais da empresa na prefeitura para que fossem forjados os pagamentos de obras e os desvios de recursos públicos.
Os investigados devem responder pelos crimes de corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro, fraude em licitações, organização criminosa e falsidade ideológica.
Os advogados dos demais presos não quiseram se pronunciar sobre o caso.
