O ex-procurador Deltan Dallagnol, do Podemos do Paraná, anunciou que não vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal, para tentar recuperar o mandato na Câmara dos Deputados, em Brasília. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (18).
Na semana passada, o Tribunal Superior Eleitoral tinha rejeitado a primeira apelação de Dallagnol, mas o ex-deputado ainda poderia buscar o chamado “recurso extraordinário” no STF. O ex-chefe da Lava Jato, no Ministério Público Federal, em Curitiba, anunciou que não pretende exercer esse direito.
Dallagnol disse que, hoje, não reconhece as “decisões tomadas pela maioria do STF”, e lembrou que, no Supremo, “seria julgado pelos mesmos ministros que cassaram” o mandato dele. “As decisões recentes do STF alimentam a desesperança e minam a credibilidade do tribunal”, alega o ex-procurador.
Na semana passada, o TSE concluiu o julgamento do primeiro recurso de Dallagnol e manteve a decisão que anulou o registro dele. No ano passado, o ex-chefe da Lava Jato, no Ministério Público Federal, foi o candidato mais bem votado do Paraná, para a Câmara dos Deputados, em Brasília. Foram 345 mil votos.
O Tribunal considerou que o ex-procurador burlou a Lei da Ficha Limpa, quando pediu exoneração do cargo, mesmo com reclamações disciplinares pendentes de julgamento. “Três ministros do STF já votaram contra mim no TSE, sem respaldo na lei”, completou Dallagnol.
O ex-deputado ainda concluiu que “não há justiça no Supremo”.