O milho terá uma área possivelmente 3% menor do que a do ciclo anterior, ocupando 2,64 milhões de hectares, enquanto 302,7 mil hectares devem ser destinados ao feijão, ocupando uma área 10% menor
A Previsão Subjetiva de Safra (PSS) divulgada nesta quinta-feira (22) pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, traz as primeiras estimativas de plantio para as culturas de segunda safra do ciclo 2022/2023. O milho terá uma área possivelmente 3% menor do que a do ciclo anterior, ocupando 2,64 milhões de hectares, enquanto 302,7 mil hectares devem ser destinados ao feijão, ocupando uma área 10% menor. Os valores ainda passarão por reavaliações dos técnicos nas próximas semanas.
Segundo o Deral, os atrasos no plantio e no desenvolvimento da soja, devido às condições climáticas em setembro, outubro e novembro, são o principal motivo do recuo nas áreas da segunda safra, embora ainda não seja possível dimensionar esse impacto. “A expectativa de atraso na colheita da soja deixou os produtores de milho indecisos com relação à área de cultivo. Mas, em janeiro, deveremos ter um retrato mais preciso da situação. De maneira geral, a perspectiva para a safra é boa”, explica o chefe do Deral, Marcelo Garrido.
O relatório traz também informações sobre o encerramento do plantio
da soja da safra 2022/23. Deverão ser colhidas aproximadamente 21,4
milhões de toneladas do grão. Com isso, a produção total da primeira
safra de grãos pode somar R$ 25,53 milhões de toneladas. O volume, se
for confirmado, supera em 64% a safra 2021/2022. A condição da primeira
safra é considerada boa, mas, ao longo do ciclo, as lavouras foram
impactadas pelo excesso de chuvas, pelas baixas temperaturas –
principalmente em outubro –, e também pela estiagem.