O Conselho da Comunidade , Policia Civil , DEPEN e Poder Judiciário da Comarca de Laranjeiras do Sul , realizaram hoje pela manhã , de forma inédita , o Primeiro Projeto de LEITURA e alfabetização de detentos da cadeia pública de Laranjeiras do Sul.
Após várias reuniões do Conselho da Comunidade com o seus integrantes , a atual presidente Dra IRACEMA de CARVALHO resolveu implantar um projeto de leitura e alfabetização dentro dos sistema carcerário da 2ªSDP de Laranjeiras do Sul , com total apoio do Poder Judiciário através do Juiz de Direito Criminal da Comarca , Dr Alberto Moreira Cortez Neto e do Promotor Dr BRUNO RINALDIN .
FAZENDO HISTÓRIA
Pela primeira vez na história de Laranjeiras do Sul , os detentos da cadeia pública estão em sala de aula num projeto piloto que acaba de ser implantado pela Comarca Judiciária de laranjeiras do Sul através de portaria , com apoio do conselho da comunidade e Policia civil , as aulas iniciaram na data de hoje (06/05) pela parte da manhã , onde detentos em grupos organizados pelo sistema , participam de uma aula ministrada pela professora num projeto de leitura , apenados que ainda não são sabem ler e escrever serão alfabetizados pelo projeto.
O projeto ainda prevê a remição de pena pela leitura, criado pelo Juiz de Direito Criminal da Comarca Dr Alberto Moreira Cortez Neto através de portaria , embora já tenha ocorrido a regulamentação em outros 14 estados.
Ha intenção é que a leitura vire hábito entre os detentos , através das oficinas de leitura e alfabetização até a contação de história , elaboração de resenhas e a prova oral das leituras.
'' Apesar de estarem privados de liberdade, com a leitura eles se libertam. Libertam a mente. Eles passam, através da vida das personagens, a repensar sua vida e sua conduta até aqui – diz a professora
Paraná, o pioneiro
A remição de pena pela leitura segue uma série de atos administrativos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), do Conselho da Justiça Federal (CJF) e da Diretoria Geral do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) do Ministério da Justiça, editados a partir de 2011. O Paraná foi o pioneiro no país, adotando a medida mediante uma lei estadual publicada em Diário Oficial, em 2012.
Com uma população carcerária (época) de 20 mil presos, o Estado envolveu 31 professores de português no projeto e, até aqui, vem obtendo resultados considerados satisfatórios no que diz respeito a ressocialização: enquanto a taxa geral de reincidência é de 60%, entre os que aderem ao programa, o índice é de 20%.