Os produtos contratados pelo Instituto Água e Terra (IAT) para o novo mapeamento aéreo do Paraná se tornaram peça central na reconstrução dos municípios devastados pelos tornados. Rio Bonito do Iguaçu, a cidade mais atingida, precisará recuperar cerca de 90% do território. O projeto, coordenado pelo Governo do Estado e executado pelo Consórcio ParanaMap, recebeu investimento de R$ 120 milhões.
De acordo com o Governo, uma das aeronaves do programa sobrevoou toda a área afetada. De Rio Bonito do Iguaçu a Guarapuava, Turvo, Candói e Porto Barreiro seguindo rotas definidas por especialistas do Simepar. As imagens em alta definição, com resolução de 25 centímetros, registram o antes e o depois da passagem do tornado. Assim sendo, agora servirão de base para o reordenamento urbano. A área analisada chega a 438 mil hectares. Conforme disse o secretário estadual do Desenvolvimento Sustentável, Rafael Greca, a meta é concluir o levantamento aéreo de todo o Paraná até 2027.
O mapeamento utiliza aeronaves equipadas com sensores aerofotogramétricos capazes de produzir imagens coloridas e infravermelha. Além de captar dados multiespectrais combinados ao levantamento a laser. O resultado são mapas extremamente nítidos e modelos 3D do território. Inclusive sob vegetação, um salto tecnológico em relação ao último levantamento, feito em 2011.
Paralelamente, o Estado começou a entregar casas pré-fabricadas às famílias desalojadas e distribuiu os primeiros 165 Cartões Reconstrução, que oferecem até R$ 50 mil para compra de materiais e contratação de mão de obra. Ao todo, R$ 44 milhões estão sendo investidos em 320 novas moradias para quem perdeu as casas no tornado de 7 de novembro.
