sexta-feira, agosto 29, 2025

Vereador Kenny Rogers é condenado à prisão em 2ª instância por disparo de arma e agressões em Guarapuava

A vida política de Kenny Rogers Gonçalves Anacleto, mais conhecido como “Kenny do Cartório”, ganhou mais um capítulo explosivo. O vereador guarapuavano foi condenado em 2ª instância pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) pelos crimes de disparo de arma de fogo e lesão corporal. A decisão foi publicada em 21 de agosto e expõe uma escalada de problemas judiciais que podem colocar sua carreira política em xeque.

Além desta condenação, Kenny Rogers ainda é réu no caso de acidente de trânsito seguido de morte, quando dirigiu embriagado, sem CNH e matou e atropelou um idoso no acostamento em Guarapuava. A audiência deste caso deve ocorrer ainda em 2025.

O CASO DOS DISPAROS

Segundo os autos, tudo começou em julho de 2022, após uma festa de formatura em Guarapuava. A confusão teria envolvido atropelamento, agressões físicas a socos e chutes, além de disparos de arma de fogo em frente à residência das vítimas. Os nomes dos envolvidos serão mantidos em sigilo, para que não sofram represálias.

A investigação reuniu provas orais, documentais e periciais, além de laudos médicos e fotos das lesões, que reforçaram a credibilidade dos relatos das vítimas. Testemunhas e até o laudo balístico confirmaram a compatibilidade da arma apreendida com os disparos feitos naquela madrugada.

A CONDENAÇÃO

O TJ-PR rejeitou o recurso da defesa e manteve a condenação imposta em primeira instância:

- 2 anos, 7 meses e 24 dias de reclusão em regime aberto
- 10 dias-multa

A pena foi mantida por unanimidade pelos desembargadores da 2ª Câmara Criminal, em decisão relatada pelo desembargador Kennedy Josue Greca de Mattos.

VIDA POLÍTICA EM XEQUE

Kenny Rogers, que ganhou notoriedade política em Guarapuava, agora se vê diante de um futuro incerto. A condenação em segunda instância abre caminho para discussões sobre sua permanência no cargo de vereador e pode impactar diretamente sua carreira eleitoral.

Especialistas em direito eleitoral alertam: caso a condenação transite em julgado, o parlamentar pode enfrentar inelegibilidade com base na Lei da Ficha Limpa.