A partir de agosto, os brasileiros sentirão um aumento nas contas de luz. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou o acionamento da bandeira tarifária vermelha no patamar 2, o mais alto do sistema. Com isso, será cobrada uma taxa extra de R$ 7,87 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
Segundo a Aneel, a decisão se deve à escassez de chuvas registrada nas últimas semanas em diversas regiões do país, o que compromete a produção de energia pelas usinas hidrelétricas. A redução nas afluências afeta diretamente a geração hidrelétrica, exigindo o acionamento de usinas termelétricas, que têm custos mais elevados.
Nos meses de junho e julho, já havia sido adotada a bandeira vermelha no patamar 1. Antes disso, em maio, vigorou a bandeira amarela, refletindo o início do período seco. Desde dezembro de 2024, o sistema operava com bandeira verde, sem cobranças adicionais, graças às boas condições hídricas naquele período.
Como funcionam as bandeiras tarifárias
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015 para refletir, de forma transparente, o custo real da geração de energia elétrica no país. Elas são divididas em três cores — verde, amarela e vermelha (com dois patamares) — que indicam o custo de produção no momento.
Veja os valores adicionais por 100 kWh consumidos:Bandeira verde: sem acréscimos
Bandeira amarela: R$ 1,885
Bandeira vermelha patamar 1: R$ 4,463
Bandeira vermelha patamar 2: R$ 7,877
A cobrança é feita automaticamente nas contas de luz quando a geração de energia se torna mais cara, principalmente devido a fatores climáticos que afetam os reservatórios das hidrelétricas.