PMs de cinco cidades e da polícia rodoviária estadual foram alvo de uma operação do Gaeco nesta terça-feira (2)
11 policiais militares, sendo 7 pertencentes ao batalhão de Polícia Rodoviária da Polícia Militar do Paraná (PM), são suspeitos de exigirem propina de motoristas e ajudarem em saques e desvios de cargas de veículos acidentados.
Eles foram alvo de uma operação deflagrada nesta terça-feira (3) pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Guarapuava, da região central do Paraná, que também investiga outras 9 pessoas e 3 empresas pelos furtos e desvios de cargas.
A operação foi chamada de "Rota 466" porque, segundo o Gaeco, as investigações focam em ações criminosas realizadas pelos policiais na PR-466, rodovia que liga Guarapuava a Pitanga.
De acordo com o promotor Pedro Papaiz, os policiais investigados são das cidades de Guarapuava, Pitanga, Ponta Grossa, Laranjeiras do Sul e Manoel Ribas.
Ele explica que o foco inicial foram os policiais militares lotados no posto rodoviário estadual que fica próximo ao distrito de Palmeirinha. No entanto, durante as investigações foram descobertas conexões entre outros policiais e saqueadores, afirma Papaiz. Saiba mais sobre o esquema criminoso mais abaixo.
"O que a gente notou foi que os policiais ali lotados acabaram mercantilizando o posto; eles estavam usando as suas funções para enriquecer licitamente", aponta o promotor.
Durante a operação, foram cumpridos 29 mandados de busca e apreensão em Guarapuava, São José dos Pinhais, Prudentópolis, Pitanga, Laranjeiras do Sul, Ponta Grossa, Mauá da Serra, Cascavel, Pinhão e Manoel Ribas.
Duas pessoas foram presas em flagrante por posse ilegal de armas/munições.
Entre os itens apreendidos, estão cerca de R$ 37 mil em espécie, dois veículos, celulares, armas registradas e não registradas e outros itens.
Os nomes dos suspeitos não foram revelados e o g1 tenta identificar as defesas deles.
Segundo o promotor do Gaeco, três suspeitos estão na reserva e oito são policiais na ativa. Por enquanto, eles foram afastados das ruas e alocados em serviços administrativos da PM.